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Alunos do curso Técnico em Agronegócio desenvolvem projetos para fortalecimento da cultura da banana
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Um dos projetos identificou que os produtores têm perda de 30% a 45% com frutos fora do padrão de comercialização

20 de julho 2017
Por Senar

Duas equipes de alunos concluintes do curso Técnico em Agronegócio do SENAR Paraíba desenvolveram projetos que, juntos, podem contribuir para o desenvolvimento da cadeia da fruticultura da banana. Os resultados foram apresentados durante a defesa dos trabalhos de finais, no início do mês de julho.

Um dos projetos identificou que os produtores têm uma perda de 30% a 45% com frutos fora do padrão de comercialização, mas que poderiam ser beneficiados. Foi isso que Cleverlan Pereira e Maria das Neves resolveram mostrar aos produtores de Machados, em Pernambuco.

“Quando a banana cai do cacho, por causa do amadurecimento, ela geralmente não é comercializada, mas ainda é própria para consumo. Com o que antes ia para o lixo, pode ser feito doce, torta com a casca da banana, os bombons que aqui conhecemos como ‘nêgo bom’, além de banana chips e artesanato com a palha”, explicou Cleverlan.

O projeto “Agregação de valor à cadeia produtiva da banana” nasceu da relação dos alunos com colegas de turma. Isso porque Emanuel Figueiredo e Fred Alves são naturais de Machados, e Emanuel tem bananais na sua propriedade e relatou suas dificuldades.

“Foi uma interação porque eles tiveram essa ideia de como melhorar, de como tornar o marketing, da produção da banana que Fred e Emanuel já tinham, mais atrativo. Cleverlan e Maria das Neves foram ao local, viram como era a comercialização, os subprodutos que podiam ser feitos com aquele material, algo que os próprios agricultores não vislumbravam”, comentou Poliana Queiroz, chefe do Departamento de Educação Formal do SENAR-PB.

A iniciativa que começou como análise apenas do caso de um colega de turma já se espalhou e hoje 6 agricultores já desenvolvem esses produtos derivados da banana. “O impacto positivo, com o aumento de renda deles, chega a 50% com esse beneficiamento. E ainda há possibilidades que não estamos explorando, como a produção de adubo, farinha e biomassa”, completa Cleverlan.

Mas, ainda segundo a aluno, apesar do incremento nos rendimentos, existem produtores que têm medo investir. Eles consideram a venda direta como um “dinheiro certo”. Só que muitos comercializam por meio de atravessadores, o que diminui o lucro. Esse é um dos aspectos analisados pelo projeto de Emanuel e Fred.

Em “Políticas públicas em apoio à baninicultura no município de Machados – Pernambuco”, os concluintes defendem a organização da classe produtora, a contratação de profissionais técnicos para acompanhamento dos agricultores e para prestar assistência, assim como o desenvolvimento de políticas mais eficazes para o setor.

“O produtor ainda tem muito prejuízo no cultivo, principalmente por falta de conhecimento. Falta a figura de um agente de desenvolvimento, que poderia ser desempenhada pelo próprio técnico em agronegócio para o desenvolvimento de projetos e receituário agronômico, por exemplo”, comenta Emanuel.

Os alunos esperam que com o fortalecimento da infraestrutura ao produtor impulsione eles a andarem com as próprias pernas. “Cerca de 90% da cidade é agrícola, com preponderância da banana, mas a secretaria não consegue atender tudo isso. Então, é preciso buscar o conhecimento por conta própria”, defende Fred.

Confira a reportagem sobre a apresentação dos trabalhos finais exibida no Canal do Produtor TV:

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