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Paraná ocupa primeiro lugar na produção de peixes no Brasil
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5 de junho 2017
Por CNA

Por: LN Cominicação

Um levantamento estatístico feito pela Associação Brasileira de Piscicultura, publicado no Anuário Brasileiro de Piscicultura (Peixe BR) aponta que a produção no setor alcançou 640.510 toneladas de peixes no Brasil, em 2016.

Entre os maiores estados produtores estão o Paraná, com 93.600 toneladas, Rondônia, com 74.750 toneladas, e São Paulo com 65.400 toneladas. No total, foram mais de 1 milhão de empregos gerados e a receita brasileira fechou com R$4,3 bilhões no ano.

Neste contexto, o Brasil é um dos países com maior potencial para aumentar a produção, já que dispõe de água, espécies promissoras (tilápia, tambaqui, pirarucu, entre outros), clima favorável e alta tecnologia. A produção poderá atender às crescentes demandas domésticas e ainda ser direcionada à exportação, ampliando a demanda de empregos em toda a cadeia produtiva.

Outra vantagem é a possibilidade de produzir mais em menos espaço, ou seja, todos os produtores, desde o pequeno ao grande, que tiverem interesse na criação de peixes, pode cultivar em um espaço de sua fazenda e dividir com as demais atividades do campo, como: pecuária e agricultura. Em um hectare de lâmina d’água, por exemplo, podem ser produzidos 10.000 kg por ciclo de cultivo. Com o auxílio de aeradores, que incorporam oxigênio dissolvido na água, é possível produzir até 50.000 kg por hectare. Há sistemas de produção super intensivos que podem atingir entre 30 a 40 kg de peixe nativos (redondos ou surubins) por metro cúbico de água, para tilápias é possível ultrapassar a 100 kg/m3.

Peixes também possuem alta capacidade para ganhar peso, mesmo em um pequeno espaço, contanto que tenham um manejo adequado e dieta de qualidade. Com menos de 1,5kg de ração, os peixes podem ganhar até 1 kg de peso e dependendo da espécie podem atingir entre 2-3 kg de peso em um ano de cultivo. Além disto, peixes não gastam energia para manter a temperatura corporal e utilizam muito menos energia do que as aves e mamíferos para excretar nitrogênio. Desta forma, as rações ficam mais concentradas em proteína e é preciso estar atento ao manejo nutricional para não resultar em erros que podem reduzir a eficiência alimentar, elevar os custos de produção e, ainda, causar impacto ambiental desnecessário.

É necessário que os criadores adotem práticas de manejo alimentar, que permitam alcançar melhores resultados zootécnicos e, consequentemente, mais lucros na atividade. Da mesma maneira que a falta de nutrientes leva às deficiências nutricionais, o excesso também pode ser prejudicial, porque há demanda de energia para digestão de nutrientes que não serão aproveitados integralmente e serão excretados, contribuindo para a deterioração da qualidade dos ambientes de cultivo.

A quantidade ideal de alimento a ser fornecida varia de acordo com a espécie, tipo de ração, fase de cultivo, condições da água (temperatura, pH, oxigênio dissolvido) e de saúde dos animais. Por estes motivos seguir a orientação de um técnico especializado é fundamental para ter sucesso.

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