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Ovinos: consórcio milho e capim-massai garante silagem com menor custo
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19 de fevereiro 2018
Por CNA

Por: Farming

Experimento realizado por pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos (CE) concluiu que o plantio consorciado de milho e capim-massai é uma opção economicamente vantajosa para alimentação de rebanhos de ovinos na região semiárida do Brasil.

Em um hectare com as duas culturas, é possível produzir biomassa de forragem para manter produtivos 53 ovinos de corte ou leite, com peso corporal médio de 25 quilos, durante oito meses, período que corresponde à época de estiagem. Os resultados indicaram que produzir o volumoso em sua propriedade a partir do plantio de milho e capim-massai é 31,35% mais barato para o criador do que adquiri-lo no comércio. A partir do segundo ano, sem o custo com o cercamento da área, essa economia chega a 78%.

Custos com o plantio

Os custos do plantio conjunto de milho e capim-massai para produção de silagem são maiores que para o cultivo do milho solteiro, porque incluem a compra das sementes do capim e o cercamento para impedir o acesso dos animais à área de produção do volumoso e ao silo. “Se for uma área mais isolada, à qual os animais não tenham acesso, não é necessário cercar e pode-se eliminar esse custo”, explica o engenheiro-agrônomo Roberto Pompeu, pesquisador da Embrapa em Sistemas de Produção de Forragens.

Menos erosão

Mesmo com esses custos iniciais, o consórcio demonstrou vantagens, tais como a possibilidade de adotar outras estratégias para o uso da terra, entre elas o pastejo dos animais após a colheita do milho e a cobertura de matéria morta para o plantio direto da cultura anual, que diminui a erosão e proporciona sustentabilidade do agroecoecossistema. De acordo com Pompeu, já existem outros trabalhos que indicam o capim-massai como uma boa alternativa para o Semiárido. “A Embrapa já vem trabalhando há muito tempo com esse capim em sistemas agrossilvipastoris com bons resultados”, conta.

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