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CNA defende fortalecer classe média rural do país
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15 de dezembro 2016
Por CNA

Brasília (15/12/2016) – Fortalecer e ampliar a classe média rural vai acelerar o desenvolvimento do setor agropecuário de forma equilibrada e contribuir para a retomada do crescimento econômico do país.

A estratégia faz parte das ações prioritárias da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e foi detalhada pelo presidente da entidade, João Martins, nesta quarta (14), em um seminário promovido pelo jornal Correio Braziliense para discutir os rumos do país em 2017.

Ao participar do painel “A base para a retomada do crescimento”, Martins destacou, em sua apresentação, uma série de fatores que, apesar da crise econômica e do impacto do clima nas lavouras, mostram como a agropecuária se destacou nos últimos anos.

O Produto Interno Bruto (PIB) do setor deve terminar o ano com crescimento entre 2,5% e 3%. A participação da agropecuária na economia brasileira subirá de 21,5%, em 2015, para 23% ao final de 2016. E as exportações de 46% para 48%, com o agronegócio fechando o ano com saldo positivo na geração de novos postos de trabalho.

“Embora seja o único setor da economia em crescimento e tenha sustentado seguidos superávits da balança comercial e o abastecimento interno, a agropecuária brasileira não está imune à crise enfrentada pelo país”, afirmou Martins.

Para alcançar o objetivo de fortalecer a classe média rural, a CNA defende algumas ações prioritárias: lei agrícola mais consistente, prioridade ao seguro rural e investimentos em infraestrutura e logística para melhorar a competitividade no mercado internacional, além de uma assistência técnica eficiente para levar tecnologia ao médio produtor.

“O produtor rural é imbatível na eficiência da porteira para dentro da propriedade, mas quando sai enfrenta dificuldades para escoar sua produção”, afirmou Martins.

As medidas ajudariam não só a movimentar os elos da agropecuária brasileira como seriam fundamentais para tirar o Brasil da crise ao promover a melhoria dos indicadores econômicos e sociais.

Junto com o presidente da CNA estiveram presentes os presidentes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, e o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviço e Turismo (CNC), Carlos Thadeu de Freitas Gomes.

PEC dos Gastos – O seminário também reuniu o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o secretário-executivo do Programa de Parceira de Investimentos (PPI), Moreira Franco.

Meirelles falou sobre as perspectivas para 2017 e comemorou a aprovação, pelo Congresso Nacional, da proposta que, pela primeira vez, incorporou na Constituição um teto para os gastos públicos. Segundo ele, até então, havia apenas cortes temporários de despesas e aumentos permanentes de impostos.

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